Pastor mirim Miguel Oliveira é afastado de pregações e redes sociais após polêmicas

Decisão foi motivada por uma série de polêmicas envolvendo o pregador, que tem mais de 1 milhão de seguidores no Instagram

Quarta, 30 de Abril de 2025

Márcia Pinheiro


Pastor mirim Miguel Oliveira é afastado de pregações e redes sociais após polêmicas

Imagem: Reprodução / Redes Sociais

Os admiradores do jovem pregador Miguel Oliveira, de apenas 15 anos, foram surpreendidos por uma decisão divulgada na terça-feira (29) pelo Portal Assembleianos de Valor. O adolescente, conhecido por se apresentar como missionário e acumular mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais, foi temporariamente afastado das atividades ministeriais presenciais e virtuais.

A medida teria sido tomada após uma reunião entre o Conselho Tutelar, os pais do jovem – Érica e Marcelo – e o pastor Marcinho Silva, presidente da Assembleia de Deus Avivamento Profético, igreja onde Miguel atua. Como resultado, todos os compromissos previstos em sua agenda foram suspensos por tempo indeterminado.

Além do afastamento das pregações, foi decidido que Miguel deixará de usar suas redes sociais, onde frequentemente compartilhava mensagens, revelações e orações. Ele também voltará a frequentar aulas presenciais, após um período de ensino à distância.

Segundo o portal, a decisão foi motivada por uma série de polêmicas envolvendo o jovem pregador. Em um dos vídeos que viralizaram recentemente, Miguel aparece rasgando exames médicos de uma mulher visivelmente emocionada, enquanto proclama: “Eu rasgo o câncer, eu filtro o seu sangue e eu curo a leucemia”.

A repercussão gerou forte reação nas redes sociais, incluindo críticas severas e ameaças. Diante do cenário, os pais do adolescente procuraram o Ministério Público de São Paulo (MPSP), que confirmou que o caso está sendo acompanhado pela Promotoria da Infância e da Juventude, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A assessoria do jovem classificou as ameaças como "absurdas" e informou que os pais decidiram não expô-lo mais à mídia. “Ele é menor, e os pais não querem mais falar com nenhuma mídia. As ameaças estão absurdas. Já foram à delegacia, e nada acontece. Então, eles acharam melhor não responder e não aparecer mais”, afirmou uma representante ao colunista Paulo Cappelli.

Natural de Carapicuíba, em São Paulo, o jovem relata ter nascido surdo e mudo, sendo curado por um milagre aos três anos de idade. Desde então, diz ter recebido um chamado para o ministério, passando a pregar em diversas igrejas pelo Brasil.

Apesar das críticas e da desconfiança de alguns setores da sociedade, Miguel também recebeu apoio de figuras conhecidas, como o influenciador cristão Pablo Marçal, que declarou: “Segura o tranco!”, referindo-se à perseguição que o jovem estaria enfrentando.

A história de Miguel segue gerando debates entre cristãos e internautas, com opiniões divididas entre admiração, preocupação e ceticismo. O caso levanta importantes reflexões sobre exposição infantil, limites do ministério juvenil e responsabilidade pastoral nas redes sociais.