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Criada para estimular a reflexão sobre o bem-estar emocional, a campanha Janeiro Branco chega a 2026 com 12 anos de atuação e reforça um alerta que vai além do primeiro mês do ano: o cuidado com a saúde mental deve ser contínuo. Segundo a psicóloga e professora do curso de Psicologia da Una, Camila Fardin Grasseli, investir nesse aspecto da vida é essencial para enfrentar as demandas cotidianas com equilíbrio e mais qualidade de vida.

Em um cenário marcado por rotinas aceleradas, múltiplas exigências profissionais e pessoais e pelo consumo intenso de informações, a saúde mental tem ocupado espaço cada vez maior no debate público. Nesse contexto, o Janeiro Branco se consolida como uma campanha que incentiva o autoconhecimento, a busca por acolhimento emocional e a adoção de práticas saudáveis que favoreçam o bem-estar ao longo de todo o ano.

De acordo com Camila Fardin Grasseli, a saúde mental pode ser compreendida como “um estado de bem-estar em que o indivíduo é capaz de enfrentar as exigências da vida e trabalhar de forma produtiva. Trata-se de um equilíbrio entre mente, corpo e espírito, que permite desenvolver habilidades e potencialidades, aproveitar a vida com satisfação e lidar melhor com as adversidades”.

Para alcançar esse equilíbrio, a especialista ressalta a importância de olhar para si mesmo. Reconhecer gatilhos emocionais como raiva, tristeza e frustração, além de identificar padrões de comportamento em momentos de desequilíbrio, são passos fundamentais para fortalecer a autonomia emocional. “O conhecimento acumulado ao longo do tempo sobre si mesmo é o que nos conduz a ter mais ou menos equilíbrio e, consequentemente, mais qualidade de vida”, afirma.

Além do autoconhecimento, a adoção de hábitos saudáveis desempenha papel decisivo na manutenção da saúde emocional. Uma boa gestão do tempo, o cumprimento das tarefas diárias, o fortalecimento de relações afetivas e o consumo consciente de conteúdos que tragam informação e leveza são atitudes simples, mas eficazes para promover o bem-estar.

Camila também alerta para os riscos de negligenciar esse cuidado. “Quando pensamentos e emoções não estão saudáveis, podem surgir sérios problemas de saúde, que exigem tratamentos longos e complexos, como depressão e burnout”, conclui.