Adroaldo Portal teve prisão preventiva decretada pela PF em investigação sobre descontos indevidos
Quinta, 18 de Dezembro de 2025
Márcia Pinheiro
Imagem: Reprodução / Redes Sociais
O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, exonerou o secretário-executivo da pasta, Adroaldo Portal, após a Polícia Federal decretar sua prisão preventiva nesta quinta-feira (18), no âmbito de uma operação contra fraudes em descontos do INSS. O procurador-federal Felipe Cavalcante e Silva, atual consultor jurídico do ministério, assumirá o cargo.
A operação da PF, realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), cumpre 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares contra suspeitos de envolvimento no esquema.
As investigações apontam a existência de um esquema criminoso responsável por descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS entre 2019 e 2024. Os prejuízos estimados podem chegar a R$ 6,3 bilhões.
Adroaldo Portal, jornalista com atuação no Congresso, foi chefe de gabinete do senador Weverton Rocha (PDT-MA), que também foi alvo de mandados de busca e apreensão nesta fase da operação.
Além de Adroaldo, entre os alvos estão Romeu Carvalho Antunes, filho de Antônio Carlos Antunes Camilo, conhecido como “Careca do INSS”, e Éric Fidelis, filho do ex-diretor de Benefícios do INSS André Fidelis — ambos presos.
Em novembro, a PF já havia prendido o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto e outros envolvidos, entre ex-dirigentes do instituto, empresários e representantes de entidades associativas. Um novo mandado de prisão foi expedido contra Antônio Carlos Antunes Camilo, que já se encontra preso desde setembro.
Em nota, o Ministério da Previdência Social informou que a exoneração ocorreu após o conhecimento das acusações e reafirmou que a pasta e o INSS seguirão colaborando com as investigações para recuperar os recursos desviados.





