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Na segunda-feira, 8 de dezembro, o governo da Nigéria confirmou o resgate de 100 das 312 pessoas sequestradas em novembro na Escola St. Mary, localizada no estado de Níger, Noroeste do país. O reverendo Bulus Yohanna, líder cristão e proprietário da instituição, confirmou a informação à imprensa local.

O ataque ocorreu em 21 de novembro, quando mais de 300 crianças — dos níveis infantil, fundamental e médio — e 12 professores foram levados por homens armados. A maioria das vítimas era formada por estudantes da educação infantil e fundamental.

Segundo contatos locais da missão Portas Abertas, ainda não foi divulgada a lista completa dos resgatados. Também permanece incerto se entre os 100 libertados estão alguns dos 12 professores. As autoridades nigerianas ainda não detalharam como a operação de resgate foi conduzida.
Enquanto isso, familiares seguem em profunda angústia devido à escassez de informações oficiais.

Pai morre enquanto aguardava notícias das filhas sequestradas

A crise da violência no Norte da Nigéria continua afetando gravemente as comunidades cristãs. Parceiros da Portas Abertas relataram que um pai de três meninas sequestradas na Escola St. Mary’s morreu de ataque cardíaco em 24 de novembro, apenas três dias após o sequestro.

“Em sete dias, crianças foram levadas de Kebbi; depois houve um ataque armado e outro sequestro em Kwara; e então o sequestro em Níger. Foi uma semana traumática para pais, líderes e para as nossas forças de segurança”, afirmou um líder cristão nigeriano, descrevendo o clima de desespero vivido pela população.

Cristãos celebram as libertações, mas pedem mais ações

A Portas Abertas na África Subsaariana agradeceu a Deus pelo retorno das crianças resgatadas:
“Agradecemos a Deus pelo retorno seguro das crianças e pelos esforços do governo. Continuamos a orar para que todos os sequestrados retornem para casa antes do Natal”, declarou a porta-voz da organização.

Ela também destacou que muitos casos permanecem sem solução:
“É preciso fazer mais para garantir a libertação de todos os nigerianos sequestrados. Leah Sharibu e muitas meninas de Chibok ainda estão em cativeiro há anos. Seus pais não têm notícias e muitos enfrentam problemas de saúde devido ao estresse. Continue orando por Leah, pelas meninas de Chibok e por milhares de outros cujas histórias não chegam às manchetes.”