Apesar de quedas pontuais em alguns estados, o Brasil segue com altos índices de crimes envolvendo celulares
Sexta, 12 de Dezembro de 2025
Márcia Pinheiro
Imagem: Ilustrativa / Freepik
O governo federal anunciou na quinta-feira (11) uma nova atualização no aplicativo Celular Seguro, que agora permite às vítimas de furto, roubo ou perdas de aparelhos registrar a ocorrência por meio de outro celular, tablet ou computador — sem obrigatoriedade de fornecer o código IMEI do aparelho ou ter cadastro prévio no app.
Como funciona
Basta acessar o Celular Seguro em qualquer dispositivo, preencher os dados da ocorrência em até 15 dias e informar a data, horário e número da linha telefônica usada no aparelho. Com essa simplificação, será mais fácil solicitar o bloqueio da linha, dos acessos a aplicativos financeiros, cadastrar o aparelho em modo recuperação ou bloquear o IMEI — mesmo quando o código não estiver disponível ao usuário.
De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a ferramenta tem por objetivo agilizar o bloqueio de dispositivos, reduzir prejuízos causados por golpes digitais e facilitar ações das forças policiais na recuperação de aparelhos. O app foi lançado em dezembro de 2023 e já acumula cerca de 3,6 milhões de usuários cadastrados, segundo dados oficiais.
Panorama dos furtos e roubos de celular no Brasil em 2025
Os crimes contra aparelhos móveis continuam altos no país, embora haja variações regionais nos números ao longo deste ano:
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Brasil (dados nacionais): o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2025 aponta que foram registrados 917.748 furtos e roubos de celulares em 2024, uma queda de 13,4% em relação ao ano anterior — mas ainda representando quase 432 ocorrências a cada 100 mil habitantes.
Contexto nacional
Apesar de quedas pontuais em alguns estados, o Brasil segue com altos índices de crimes envolvendo celulares, que continuam entre os mais frequentes registrados nas delegacias em todo o país. Especialistas destacam que iniciativas como Celular Seguro e programas estaduais de rastreamento e recuperação — aliados à maior integração entre operadoras e segurança pública — são essenciais para diminuir a sensação de insegurança e os prejuízos causados a milhões de brasileiros.





