Supremo decide revogar prisão do ex-agente de Ordens de Bolsonaro, Mauro Cid
Sexta, 13 de Junho de 2025
Márcia Pinheiro

Imagem: Reprodução / Redes Sociais
O ex-ministro do Turismo Gilson Machado foi preso nesta sexta-feira (13), em Recife (PE), em uma operação da Polícia Federal. A detenção ocorre após o procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito contra Machado por suposta obstrução de justiça e favorecimento pessoal.
De acordo com informações da Polícia Federal, Machado teria tentado intermediar a emissão de um passaporte português para o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, junto ao consulado de Portugal no Recife, no dia 12 de maio. A intenção, segundo os investigadores, seria viabilizar a saída de Cid do Brasil em meio às investigações sobre a tentativa de golpe de Estado.
Além disso, o ex-ministro é acusado de utilizar suas redes sociais para promover uma campanha de arrecadação de doações em dinheiro destinadas a Bolsonaro, o que também chamou a atenção das autoridades.
No pedido encaminhado ao STF, a Procuradoria-Geral da República destaca que, embora a emissão do passaporte não tenha sido concluída, há risco de Machado buscar apoio em outras representações diplomáticas para alcançar o mesmo objetivo. Por isso, a PGR solicitou ao ministro Alexandre de Moraes a autorização para abertura do inquérito e também para a realização de mandados de busca e apreensão.
A medida visa apreender documentos, mídias digitais, registros e dispositivos eletrônicos que possam esclarecer os fatos investigados. As evidências reunidas até agora indicam uma possível tentativa de atrapalhar o andamento da ação penal relacionada ao caso do suposto golpe.
A investigação segue em andamento sob coordenação da Polícia Federal e supervisão do Supremo Tribunal Federal.
Mauro Cid tem prisão revogada
O STF também solicitou a prisão do ex-agente de Ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid nesta sexta-feira (13), mas o pedido foi revogado logo em seguida. Cid estava sendo conduzido para o Batalhão do Exército para prisão quando o pedido foi revogado, segundo a defesa do tenente-coronel, que diz que ele não chegou, efetivamente, a ser preso.
A determinação seria dentro do inquérito que investiga a tentativa do ex-ministro do Turismo Gilson Machado de obter um passaporte português para Cid. A Polícia Federal interpretou a ação como uma tentativa de fuga do país para atrapalhar o andamento do inquérito da suposta trama golpista, em curso no Supremo.
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