Abalo sísmico deixou mais de 800 mortos e milhares de feridos nesse domingo (31)
Segunda, 01 de Setembro de 2025
Márcia Pinheiro

Imagem: Reprodução / Redes Sociais
Mais de 800 pessoas morreram e pelo menos 2.500 ficaram feridas após um forte terremoto de magnitude 6, seguido por várias réplicas, atingir o leste do Afeganistão na noite de domingo (31). As informações foram confirmadas por autoridades locais nesta segunda-feira (1º).
Os abalos sísmicos foram sentidos com intensidade nas províncias de Kunar, Nangarhar, Nuristão e Laghman, além de alcançarem a capital, Cabul. De acordo com autoridades locais, somente em Kunar e Nangarhar foram registradas 812 mortes.
O Ministério da Defesa do governo do Talibã informou que equipes militares de resgate foram enviadas às regiões afetadas. Segundo a pasta, 40 voos já transportaram cerca de 420 feridos e vítimas fatais.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) localizou o epicentro do tremor principal a 42 quilômetros de Jalalabad, capital da província de Nangarhar, a uma profundidade de oito quilômetros — fator que costuma potencializar os danos. O terremoto inicial, registrado às 23h47 no horário local (16h17 em Brasília), foi seguido por ao menos duas réplicas, a mais forte delas de magnitude 5.2.
O Afeganistão é uma região altamente vulnerável a terremotos, principalmente na cordilheira Hindu Kush, ponto de encontro das placas tectônicas da Índia e da Eurásia. Em outubro de 2023, mais de 1.500 pessoas morreram em uma sequência de abalos, segundo a ONU. O Talibã chegou a estimar até 2.500 mortos na ocasião. Já em junho de 2022, tremores de magnitude 6.1 deixaram pelo menos mil vítimas fatais.
Cristãos no Afeganistão: fé sob risco
Enquanto o país lida com os efeitos da tragédia, organizações cristãs pedem orações pelo povo afegão. Segundo a Portas Abertas, o Afeganistão é um dos países mais hostis do mundo para quem professa a fé cristã, ocupando o 10º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2025.
Praticamente não há igrejas visíveis no país, e os cristãos, que vivem em número reduzido e de forma clandestina, enfrentam forte pressão tanto da sociedade quanto das autoridades. Muitos são forçados a esconder sua fé até mesmo de familiares, sob risco de violência, rejeição ou até morte. A conversão ao cristianismo é considerada traição, e qualquer suspeita pode resultar em perseguição extrema.
Diante dessa realidade, líderes cristãos internacionais convidam fiéis em todo o mundo a interceder pelo Afeganistão — pedindo consolo às famílias enlutadas pelo terremoto, proteção aos sobreviventes e coragem para os cristãos locais que vivem sob constante ameaça.